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Mas eu sou como uma oliveira que floresce na casa de Deus; confio no amor de
Deus para todo o sempre. Salmo 52:8

quarta-feira, 26 de março de 2014

Esclarecimento...

Infelizmente em meio a tantos comentários carinhosos e positivos, tive o desprazer de ler hoje um comentário anônimo no blog cheio de veneno, ignorância e grosseria, de alguém me chamando de louca de pedra por ter esperado o trabalho de parto para que o Benjamin nascesse, me acusando de ter colocado a vida dele em risco, mesmo depois de já ter perdido uma filha, por ter esperado a bolsa estourar e ter dilatação!

Em momento algum coloquei a vida do meu filho em risco. Entrar em trabalho de parto e ter a bolsa rota naturalmente por algumas poucas horas não colocam a vida de um bebê saudável em risco, ao contrário, fazem muito bem para o bebê e para a mãe, por isso escolhi esperar por isso! Inclusive tive que pagar a parte pela assistência de meu médico por escolher fazer a cesariana fora de um horário agendado, mas sim no horário que nosso filho escolheu para nascer. 

Quando a mulher entra em trabalho de parto, são liberados em seu corpo hormônios que ajudam no amadurecimento do bebê, preparando-o para o nascimento, quando terá que respirar por conta própria, mamar, manter a temperatura corporal, etc. O trabalho de parto também é a forma mais segura e certa de saber que um bebê está realmente pronto para nascer. Havendo o devido acompanhamento e o bebê estando bem - que foi o nosso caso desde o início, não há porque se preocupar.

Benjamin, filho da felicidade



Porque a seus anjos ele dará ordens a seu respeito, para que o protejam em todos os seus caminhos; Ele clamará a mim, e eu lhe darei resposta, e na adversidade estarei com ele; vou livrá-lo e cobri-lo de honra. Vida longa eu lhe darei, e lhe mostrarei a minha salvação. Salmos 91:11; 15-16



O Senhor te guardará de todo o mal, Ele protegerá a tua vida! Estarás  sob a proteção do Senhor, ao saíres e ao voltares, desde agora e para todo o sempre! Salmos 121:7-8







Queridos amigos,

Com muita alegria (e vários dias de atraso) compartilho com todos que nos acompanham aqui pelo blog o nascimento do nosso segundo e amado filho Benjamin.

Ele nasceu em uma ensolarada manhã de domingo, no dia 23 de fevereiro às 7h33min, pesando 3.355 kg e medindo 49 cm. É um menino muito saudável, tranquilo e feliz! Nesse seu primeiro mês de vida já pudemos curti-lo muito e nos surpreender com sua personalidade.

É tranquilo mas, como todo bebê, muito esfomeado, como se o mundo fosse acabar de uma hora para outra quando lhe surge a fome. Graças a isso já ganhou bastante peso e duas bochechas bem fofinhas. Dorme bastante, mas às vezes fica hiper estimulado e nos dá um belo trabalho para relaxar e dormir. Adora tomar banho, é super calorento e dorme quase sempre com as mãozinhas no rosto - exatamente como ficava dentro do útero.

Como ele estava em posição pélvica (sentado), após pesquisar bastante e pesar prós, contras e as principalmente nossas possibilidades (financeiras, emocionais, físicas), já no final da gestação optamos por ao menos esperar o trabalho de parto espontâneo para então realizar uma cesariana, com a intenção de respeitarmos o tempo que ele havia escolhido para nascer.  (o parto normal pélvico é possível porém realizado por pouquíssimos profissionais por ser um parto um pouco mais complexo que exige algumas manobras). 

O que aconteceu (o trabalho de parto) às 3h da manhã, quando após algumas cólicas fraquinhas durante o dia, ele começou a mexer bastante à noite até que a bolsa estourou e foi uma verdadeira aventura. Contrações fortíssimas a cada 5 minutos em plena madrugada indo para São Paulo, e todas as maternidades lotadas por conta das cesarianas agendadas devido à proximidade do feriado de Carnaval.

Acabamos sendo atendidos na maternidade Santa Joana, onde surgiria vaga em um quarto somente na manhã seguinte, mas já seríamos encaminhados para o centro cirúrgico. Todo essa maratona durou quatro horas de contrações intensas que me renderam 6 cm de dilatação, quando então nosso amado menino nasceu por uma cesariana, com 39 semanas de gestação. 





Ele nasceu de bumbum, já fazendo acrobacias, com as duas pernas para o alto estendidas até a cabeça, fazendo xixi nas enfermeiras e logo ouvimos um choro muito doce, manso e suave.

Uau! Uma nova vida! Deus está confiando a mim a responsabilidade de cuidar de um novo ser, uma nova criação, meu filho amado. Obrigada, Senhor, por esta vida!

Logo ouvimos que tudo estava bem e ele foi entregue nos braços do papai, que nos colocou face a face, eu toda envolta em panos azuis e eletrodos, de óculos e com um sorriso lardo de alegria e gratidão. Assim que tocou meu rosto e ouviu minha voz, o seu chorinho cessou e ele ficou em silêncio prestando atenção: "Bem-vindo, Benjamin, nós te amamos! Que Deus te abençoe!"

Já em silêncio, sua boquinha em contato com meu rosto começou a esboçar um beijo, e outro beijo em minha bochecha, e ficamos ali alguns instantes infinitos conversando e trocando carinhos somente com nossas faces e nossas almas. Tivemos que seguir todo o protocolo da maternidade (críticas a todos estes protocolos rendem um capítulo a parte), mas após algumas horas ele estava finalmente em meus braços, no quarto à meia luz, mamando lindamente, um menino super esperto, atento e tranquilo.



Tive uma recuperação imediata muito melhor do que na cesariana da Vitória, acredito que a oxitocina, o "hormônio do amor", liberada no trabalho de parto fez muito bem a mim e a ele, apesar da recuperação dolorida e desajeitada dessa cirurgia.

Após quatro dias viemos para casa - eu com lágrimas nos olhos com ele nos braços - agradecendo a Deus e também lembrando saudosamente da nossa menina - de tudo que vivemos com ela e também do que não pudemos viver - ou não mais poderemos. Saudades, lembranças, aprendizados, gratidão, saudade.









Tinha uma pedra no meio do caminho (ou da vesícula...)

Ainda na maternidade comecei a sentir uns desconfortos digestivos, que pensei fazerem parte do processo natural de recuperação. Mas esse desconforto, dores e gases persistiram por vários dias depois. Pensei então que fosse efeito colateral do anti-inflamatório que precisei tomar por causa da cesariana, e também o processo normal do puerpério, dos órgãos todos "voltando pro lugar". Tentava colocar a cinta pós-parto e me sentia pior. Por vezes não tinha vontade de comer, e quando comia sentia náuseas e desconforto. 

Já estava pensando que algo não ia bem, que ia precisar marcar consulta com um gastro, quando segunda-feira da semana passada, no início da noite, tive uma crise fortíssima de algo que parecia ser dor de estômago. Estava sozinha em casa com o Benjamin, ele acordado querendo colo, uma confusão. Depois fiquei com o lado direito do abdômen todo dolorido quase sem conseguir andar de dor. Marcelo chegou em casa e fomos ao Pronto Socorro, onde acabamos passando a madrugada (rende mais um capítulo a parte como tudo aconteceu). Mas para resumir descobri que estava com a vesícula inflamada devido à formação de uma pedrinha em seu interior. Problema que, descobri somente agora, é extremamente comum em mulheres após a gestação e se agrava quando ingerimos alimentos gordurosos (tanto gorduras saudáveis como não saudáveis), o que também acaba sendo mais comum no período da gestação e amamentação.

A princípio ia fazer a cirurgia de remoção da vesícula, mas justo na hora da operação caiu um temporal que acabou com a luz no hospital e o procedimento teve que ser adiado. Resultado: fiquei três dias internada recebendo antibióticos EV - e separada do nosso amado bebê - para então receber alta com um tratamento de antibióticos por via oral e uma dieta hipogordurosa (com o mínimo possível de gorduras) além de observação para ver se as dores melhoram e podemos deixar essa cirurgia para daqui a alguns meses. Ainda assim, ainda não estou 100%, mesmo com muitos cuidados na alimentação a digestão ainda não está legal e ainda sinto algumas dores leves.

Após ouvir vários comentários de pessoas que fizeram ou não esta cirurgia, concluí que é melhor orar e pedir a Deus que nos conduza para o melhor para mim e para nosso filho. Por favor, orem por nós!

Felizmente seguimos muito bem com a amamentação apesar de todos estes percalços.

Assim que as coisas se acalmarem, (se algum dia nos próximos 20 anos elas vão se acalmar kkk) tentarei parar para contar em mais detalhes como foi o nascimento dele e nossas mais recentes aventuras!

Desculpem a demora em postar notícias!
Beijos e fiquem com Deus!

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